Se você está pensando em visitar Juiz de Fora, é provável que já tenham te recomendado uma visita ao Bar do Bigode e Xororó. Aqui você vai experimentar o melhor torresmo do mundo.
Eu sou tão fã desse bar que há anos temos como de destaque do grupo de faculdade no Whatsapp, a foto com o senhor Bigode, um dos sócios do Bar do Bigode e Xororó em Juiz de Fora.
O senhor Bigode na verdade se chama Vicente Paula Fontes.
O que você vai encontrar nesse artigo
História do Bar do Bigode:
Criado em 1975, o Bar do Bigode e Xororó faz parte da história de Juiz de Fora e consequentemente de seus moradores. Tanto os que nasceram em JF, quanto os estudantes que vem para a cidade fazer faculdade. (Juiz de Fora é um pólo regional de educação. Aqui tem várias faculdades e escolas.)
Tudo começou quando o senhor João Pacheco Fontes tinha um pequeno bar (que é o mesmo local) e vendia cachaça e torresmo.
Segundo relatos de Nilton do Couto Oliveira, o Xororó, durante o período de carnaval o bar do Bigode não abria, pois João viajava para Ervália (cidade no interior de Minas) ver sua família, e aí os clientes desse bar migravam para o bar ao lado, chamado Bar Amazônia, onde trabalhava Xororó.
Um dos clientes disse que o bar do Bigode estava precisando de um funcionário e se ele tinha interesse em trabalhar lá.
Então Xororó foi e assim surgiu a sociedade com o Bigode e seu irmão.
Sabia que Juiz de Fora é uma das cidades mais visitadas do Brasil ( por mim)? leia mais: Lugares mais visitados do Brasil
E assim nasceu o Bar do Bigode e Xororó
Os frequentadores que visitam o bar estão à procura da boa e tradicional gastronomia mineira, além de uma “prosa boa”.
Entrei em contato com o senhor Xororó e ele muito solícito disse que foi o Senhor João (um dos sócios) que o ensinou a fazer os torresmos.
Atualmente o Bar do Bigode e Xororó possui cerca de 45 empregados e está conseguindo manter todos mesmo durante a pandemia.
Estrela do bar: com vocês o melhor torresmo do mundo
Eu não conheço outro bar que tenha taaantos estilos de torresmo.
O torresmo é uma preparação culinária feita de pele suína com gordura (ou toucinho e até a banha do porco), cortada em pequenas tiras e frita até ficar bem sequinha e crocante.
No Bar do Bigode existem vários tipos de torresmo:
- tem a ponta (considerada a parte mais nobre, com um pouco de gordura e mais carne);
- tem o torresmo à pururuca (que é o mais comum);
- e o favorito da nossa turma, chamado Tira (fatias de torresmo que tem a casca mais sequinha e crocante e o interior com muita carne e suculento).
Agora no Bar do Bigode tem também o rocambole de torresmo (meu coração até palpitou aqui, deve ser de alegria, pois vale a pena experimentar).
Origem e um pouco da história do torresmo:
No Brasil, é inspirado na culinária portuguesa misturado com temperos trazidos pelos africanos.
No início da colonização do Brasil era apenas uma forma de se conseguir a banha de porco (que era a gordura utilizada para cozinhar). Porém, na Bahia colonial, as pessoas escravizadas passaram a comer o torresmo diretamente acrescentando temperos.
O torresmo é usado em várias receitas da culinária brasileira (especialmente a mineira) e portuguesa, bem como outras regiões de cultura latina. Nos países de língua espanhola, recebe o nome de “chicharrón”.
Torresmo em Minas Gerais:
Em Minas Gerais ele geralmente é acompanhado de cachaça (minha turma opta pela cerveja), e pode ser colocado também na feijoada, no feijão amigo e no tropeiro.
Uma curiosidade sobre o torresmo:
O torresmo faz sucesso em várias partes do globo terrestre. Os gribenes são iguarias parecidas com o nosso torresmo, e é típico da gastronomia dos judeus asquenazes*, porém são feitos de pele de frango.
*Asquenazes são os judeus que vem das regiões da Europa Central e Oriental. A palavra provém do termo do hebraico medieval chamada Ashkenaz.
Cardápio do Bar do Bigode e Xororó Juiz de Fora:
Além de torresmo, o cardápio possui os petiscos típicos mineiros como por exemplo:
- Canjiquinha com costelinha e calabresa;
- fígado com jiló;
- picanha com mandioca cozida cremosa;
- linguiça de lombo;
- pastel de angu;
- batatas fritas
- Feijão amigo e muito mais.
Vale a pena visitar o Bar do Bigode em Juiz de Fora?
Sem dúvidas, vale! os produtos tem muita qualidade e os clientes fiéis viram amigos. E além disso, o bar tem um ambiente muito família. Ou seja, aquele jovem que frequentava o bar do Bigode na faculdade casou, e muitos já são pais e avôs, e continuam frequentando o ambiente.
Endereço do Bar do Bigode e Xororó Juiz de Fora
R. Chanceler Oswaldo Aranha, 43 – São Mateus, Juiz de Fora –
Bar do Bigode. Esse eu recomendo….