Descubra o Peru! Roteiro e dicas de viagem
Visitar Machu Picchu é um sonho de 9 entre 10 viajantes. E a cada ano que esse sonho não se realizava me causava grande ansiedade. Pois sempre chegavam notícias que Machu Picchu ia desaparecer a qualquer momento, que ia desmoronar, que ia fechar de vez, etc.

Pois bem, eu e minha amiga Renata decidimos ir para o Peru. E vou te dizer uma coisa do fundo do meu coração: Que país incrível. E como ele vai muito além de Machu Picchu!

Resumindo rapidamente a viagem: nos surpreendemos com paisagens que parecem ter saído de um quadro, vimos muitas cores e sorrisos, sentimos os sabores e aromas, e aprendemos muito com uma nação que luta para manter viva sua cultura de mais de 5 mil anos.

E tudo é muito vivo por aqui. A resistência de seu povo é retratada em cada pequeno detalhe através do artesanato variado e multicolorido, da música típica, da dança e principalmente de sua culinária.

Além disso achamos um país bem seguro para mulheres viajarem, e com muita estrutura turística. Ah, com certeza quero muito voltar a essa bela Terra Inca!
Então descubra aqui um pouco de história, geografia e culinária do Peru, como chegar, onde se hospedar, documentos necessários e outras informações precisosas para sua viagem.

Essa viagem foi a que eu menos organizei. Na verdade só compramos as passagens e fomos! Zero lugares reservados. Assim que a gente chegava na cidade, ia procurar um lugar pra ficar.
Ah, como eu queria ter lido esse texto antes de ir, tenho certeza que aproveitaria muito mais.
Localizando o Peru
É o terceiro maior país do continente sul-americano, e faz fronteira ao norte com o Equador e Colômbia, ao sul com o Chile, leste com o Brasil e Bolívia e oeste com o Oceano Pacífico.

Em seu vasto território, estão as incríveis paisagens da Cordilheira dos Andes, a sagrada Floresta Amazônica e a bonita Costa do Pacífico. Ou seja, por aqui tem Serra, Mar e Floresta! Todos os ingredientes para o país ser um destino turístico de primeira grandeza.

Informações rápidas e úteis:
- Capital: Lima
- Moeda: Novo sol
- Idioma: Espanhol, Aimará e Quíchua (línguas Incas)
- População: 32,1 milhões
- Requer Visto de turismo: Não
- Requer Vacinas: Não
- Requer passaporte: Não. Apenas RG
- Requer seguro viagem? Não, mas não é recomendado viajar sem. Para aproveitar sem medo tudo que o país tem de bom, é fundamental estar prevenido, e o seguro viagem é exatamente para isso! Veja aqui como escolher o mais adequado pra você
Um pouco da história do Peru

Essa História se estende desde as civilizações pré-incas até os dias de hoje, como por exemplo os Moche e os Nazca, que se desenvolveram entre 700 a.C. e 100 a.C.. A cultura Moche produziu notáveis instrumentos de metal e as cerâmicas mais impressionantes da antiguidade, enquanto a cultura Nazca é conhecida pelo seu trabalho com têxteis e as enigmáticas Linhas de Nazca.

Mas a Civilização Inca merece total destaque.
Os Incas instituíram o maior império da América antes de Cristóvão Colombo chegar por aqui. A administração política e militar desse império ficava em Cusco (que em quíchua, significa “Umbigo do Mundo”). O império surgiu nas terras altas peruanas em algum momento do século XIII. De 1438 até 1533, os incas conquistaram uma grande parte do oeste da América do Sul, centrado na Cordilheira dos Andes, incluindo parte do atual Equador e Peru, Bolívia, Argentina, Chile e Colômbia.

Ah! Adoro contar os feitos dessas civilizações antigas!
Eles já dominavam tecnologias de irrigação da terra para a agricultura, desenvolvendo complexos sistemas de engenharia hidráulica, metalurgia do cobre e bronze, técnicas de construção (com deslocamento e cortes de pedras até hoje super misteriosos), anotações numéricas e técnicas eficientes de comunicação.

Como assim que essa cultura já construía pirâmides e grandes complexos cerimoniais!?

Parece até que as cidades incas competiam entre si para produzir a arquitetura mais impressionante.

Chegaram a construir na cidade de Machu Picchu um relógio do sol, pois o conhecimento desse povo era regido pelas constelações.

Foto: Renata Gabriel
Os incas tinham uma concepção panteísta do mundo. Ou seja, a lua, o Trovão, Chuva, Vento, as plantas, os animais, a terra (Deusa Pacha Mama), o Sol (principal divindade Inca), e tudo que os rodeavam eram Deuses presentes. Acreditavam que agricultura, religião e astronomia estavam interligadas, como também a vida e a fé, junto das forças naturais.

Será que podemos considerar esse padrão de organização social semelhante aos formados há mais ou menos dois mil anos na região da Mesopotâmia ou às civilizações que se desenvolveram na Índia e China, além das civilizações Maias e Astecas na Mesoamérica? Sem dúvida alguma né?
Quando o conquistador espanhol Francisco Pizarro chegou à região em 1531 procurando por riquezas incas, encontrou esse império bem debilitado por uma recente guerra civil. Este capturou e executou o imperador inca, Atahualpa, em 1532. Já em 1534, Pizarro já havia restabelecido a cidade de Cuzco, porém como uma nova colônia espanhola.

Os espanhóis estabeleceram um sistema chamado encomienda, pelo qual obrigavam os nativos a trabalhar em seu favor, tributando-os e em troca forneciam-lhes proteção e catequização. O título de toda a terra pertencia ao rei da Espanha, e os indígenas eram obrigados a criar gado, galinhas e trabalhar na agricultura dos vegetais trazidos da Europa.

Em 1542 foi criado o Vice-reino do Peru, abrangendo quase todo o domínio espanhol nas Américas, mas que acabou se dividindo em 1717. As cidades incas foram todas rebatizadas com nomes cristãos, e reconstruídas como vilas tipicamente espanholas, em torno de uma praça e catedral principais como centro. A população indígena diminuiu drasticamente sob o domínio espanhol, e embora a invasão não tenha sido uma tentativa clara de genocídio, os resultados foram similares. Uma vez estabelecido o Vice-reino do Peru, as grandes quantidades de ouro e prata retirados dos Andes enriqueceram os invasores, fazendo do Peru a principal fonte de riqueza espanhola em toda a América do Sul.
A cidade de Lima, fundada pelos Espanhóis em 1535 como “Cidade dos Reis”, e se tornou a capital do vice-reinado.

Em 1821, foi declarada a independência do país, mas a batalha contra os espanhóis durou até 1824.
O governo de Ramón Castilha (1845-1851 e 1855-1862) libertou os indígenas do pagamento de tributos e os negros da escravidão.
O Peru também sofreu um golpe militar, o general Juan Velasco Alvarado tomou o poder em 1968. No entanto, em 1975, ele foi deposto e quatro anos depois o poder foi devolvido aos civis.
Já em 2003, milhares de plantadores de coca (cocaleros) marcharam até a capital Lima, protestando contra a tentativa de acabar com esse cultivo, que atualmente é considerado ilegal.
Sobre a Folha de Coca
Impossível falar do Peru, da Bolívia e do Equador sem falar (de modo maduro, histórico e científico) desse arbusto.
A coca é uma planta nativa da Bolívia e do Peru, e seu princípio ativo analgésico contido nesse vegetal foi descoberto pelos Incas. Desde o Império Inca aos dias atuais a folha dessa planta é tradicionalmente mastigada nas áreas de relevo mais elevado, principalmente nas mediações dos Andes.

A coca possui benefícios para o organismo humano como a formação de células musculares, previne úlceras e gastrite, além de impedir o mal-estar proveniente das altitudes (soroche).

A planta era considerada sagrada pelos povos originários que habitavam a região em tempos passados devido ao seu potencial nutritivo e analgésico.
Quando essa folha começou a ser transformada em droga, seu cultivo expandiu de forma significativa, pois passou a ser algo extremamente rentável, hoje cerca de 90% do cultivo da coca é direcionado ao desenvolvimento da cocaína, então isso aí virou um problemão mundial super complexo.
Mas é muito importante dizer que da folhinha da planta de coca até a cocaína, há uma longa distância: é preciso acrescentar 41 produtos químicos, cujas patentes pertencem aos países do Norte do Mundo. Mesmo assim, o governo americano e a grande mídia insistem em criminalizar os plantadores pobres da América do Sul, que dependem desse cultivo ancestral para sobreviver.
Texto para aprofundar esse assunto: https://diplomatique.org.br/coca-da-tradicao-ao-narcotrafico/
Como chegar ao Peru
Nós compramos uma passagem multidestinos pela Latam, chegando por uma cidade e voltando por outra, com direito a stopover, e é a melhor maneira de você viajar pra cá, vai por mim.
Com isso otimizamos muito a viagem ao não precisar voltar à cidade de entrada no país antes de chegar ao Brasil.

Então nosso vôo foi: São Paulo-Arequipa-Juliaca. E depois Lima para São Paulo.
Veja aqui as melhores opções de vôo para sua viagem ao Peru.
Escolha bem as cidades e lugares que deseja visitar antes de comprar os bilhetes aéreos, e veja bem no Google maps as distâncias entre elas.
Como se deslocar dentro do Peru:
Você pode ir de avião, de ônibus ou van. Nós viajamos de todos esses transportes e alguns achei bom, barato e seguro, outros razoável (como a van). O trajeto que fizemos de Arequipa para Puno, pegamos um avião até Juliaca e de lá uma van até Puno. Já o trajeto que fizemos de Puno pra Cusco foi num ônibus de turismo e paramos pelo caminho vendo as lindas paisagens e ruínas históricas. Tudo comprado na hora. Foi ótimo!
Ah! E não senti segurança para alugar um carro.

Já de Cusco pra Lima foi em ônibus de linha.

As companhias de ônibus Cruz del Sur e Oltursa são amplamente utilizadas no país.
Existe a opção de primeira classe com cadeiras mais confortáveis e entretenimento de bordo.
Quantos dias ficar no Peru
Nós ficamos dez dias e achei muito corrido. O país é bem grande e os deslocamentos são bem demorados.
O ideal seria 15 dias para fazer o básico do país com calma, pois algumas atrações não consegui visitar.

Melhor época para viajar ao Peru
Fomos em abril durante a semana santa e foi uma época excelente. Pegamos apenas uma hora de chuva em Cusco e, apesar de muita água ter descido de uma vez, passou logo, com direito até a arco íris nas ruínas de Saqsaywaman.

A alta temporada vai do final de abril a setembro, que são os meses que chove pouco.
Os meses de junho e julho são considerados os melhores para conhecer o país, e por isso as coisas são mais caras e lotadas. A temperatura média fica próxima dos 20ºC, mas prepare-se, pois à noite cai pela metade. Sem chuva e nuvem as paisagens maravilhosas ficam mais visíveis e isso é muito importante. Conheço tanta gente que foi a Machu Picchu e sequer viu as montanhas por causa do tempo nublado.
Ah, e tenho muita vontade de voltar pra cá é pegar a festa Inti Raymi em Cusco. Ela é celebrada todo dia 24 de junho de cada ano durante o solstício de inverno, ou seja, o início do Ano Novo Andino.
O Inti Raymi é uma antiga celebração religiosa Inca, em homenagem ao “Deus Inti”, ou Sol. Essa cerimônia foi proibida pela Coroa Espanhola em 1570 por ser considerada uma cerimônia pagã e contrária à fé católica, sendo realizada posteriormente de forma clandestina.

Atualmente o Inti Raymi é uma representação teatral, milhares de Cuzcoenses e turistas do mundo todo se reúnem para este evento, que é uma das mais importantes manifestações culturais e tradicionais do país (venha se você gosta de aglomeração). Essa festa nos lembra que os descendentes dos Incas ainda estão vivos.
Já a média temporada vai de setembro a novembro. Durante esse período os dias são mais longos e as chuvas não tão recorrentes. Nesse período os valores de hotéis e atrações estão mais baratos.
E por fim, a baixa temporada que vai de novembro a início de abril. O verão por aqui, apesar de não ser tão quente (temperatura média de 18 graus), tem muita chuva, com real risco de alagamento e desabamento.
Qual moeda levar para o Peru?
A moeda do Peru é o Novo sol. Nós levamos dólares e trocamos pela moeda local.

Uma boa casa de câmbio em Cusco é a Western Union na Plaza de Armas. Ah, e se você pagar em dólar ou real qualquer coisa no Peru – o troco vai ser sempre em nuevos soles.
O blog Viajando com Moisés conta a sua experiência e explica muito bem sobre qual moeda levar durante as viagens, de modo geral.
Compras no Peru:

Aqui foi um lugar que vi artesanatos lindos e coloridos. Destaco os artesãos peruanos e a delicadeza com que executam seu trabalho.

E por aqui comprei lenços, cachecóis, toalhas de mesa, canetas, chaveiros, gorros de lã, blusas de frio, ponchos, bolsas, camisetas, pequenas cerâmicas e outros artigos de decoração, jóias em prata, chás e balas da planta típica local, etc.

Ah, e no final da viagem comprei uma mala extra pra trazer as compras. Kkkk.
Lembrando que aqui dá pra negociar bem!

Nem só de artesanato vive as compras no Peru. Por aqui você encontra lojas de marcas mundiais como por exemplo a North Face. Dizem que os preços são melhores do que os preços do Brasil. Então muita gente que vai fazer trilhas e caminhadas compras os artigos específicos aqui.
Culinária peruana

A deliciosa culinária peruana já foi eleita várias vezes pelo World Travel Awards (WTA), como a melhor do mundo. Foi declarada também como Patrimônio Cultural das Américas.
Impossível falar desse assunto sem contar um pouco da história. Talvez assim explique o porquê dessa gastronomia ser uma das mais renomadas e famosas de todo o planeta atualmente.
Ela é muito diversa (Você sabia que existem mais de 3 mil tipos de batatas no Peru?), sendo o resultado da mistura da tradição dos povos originários locais, com a cozinha espanhola, que por sua vez, fortemente influenciada pela presença dos mouros e árabes, além dos costumes culinários trazidos pelos escravos africanos.
Depois disso tudo, entre o sec. XVIII e o XIX, muitos chefs franceses fugiram pra cá, (leia-se Napoleão botando pra quebrar lá na Europa) e radicaram-se na capital do Vice-Reino do Peru. E já no século XIX ocorreram também grandes imigrações de japoneses, italianos e chineses (que inclusive é aqui no Peru onde está a maior comunidade chinesa na América Latina).
A arte culinária peruana está em constante evolução e, somada a variedade de pratos tradicionais, é impossível estabelecer uma lista completa e fechada de seus pratos.

No litoral, os peixes e frutos do mar são os ingredientes básicos das receitas. O ceviche é um dos mais famosos pratos peruanos. Eu simplesmente adoro. É um prato de peixe cru marinado com suco de limão, que nasceu da fusão com a cozinha japonesa. Ele tem a companhia de pratos como o lomo saltado, que é file mignon, tomate, cebola roxa, molho shoyu e batata frita servido com arroz.

Falando em pimenta não podemos esquecer do Ají. No Peru existem quase 50 tipos de ají. Todos com um nível de ardor diferente, alguns só são utilizados para dar sabor ao prato enquanto outros são protagonistas excepcionais na mesa peruana.

Um dos ingredientes muito usado na culinária peruana é o milho, encontrado em vários tamanhos e cores. Que coisa linda!

Algumas das carnes muito apreciadas pelo povo da região das Montanhas são o cuy, ou porquinho-da-Índia, a lhama e a alpaca.

Outra bebida típica muito conhecida é a Chicha, feita de milho e que pode ser com ou sem álcool.

Aqui eu também bebi algumas cervejas locais, como a Cusqueña, Paceña e a Arequipeña, além do tradicional Pisco Sour. O drink tem como base a bebida chamada pisco, que é uma água ardente destilada da uva. Para fazer o drink, acrescente suco de 3 limões, açúcar a gosto, 1 clara de ovo e 1/2 bandeja de gelo em cubos.
Além da cerveja, o pais produz, há mais de 80 anos, um refrigerante de erva-cidreira, chamado Inca Kola, de cor amarelada e muito doce.

Outra bebida amplamente consumida há centenas de anos por aqui é o mate de Coca. Tem um efeito semelhante ao do café, portanto, é um estimulante leve, não uma droga (como a cocaína).

Nosso roteiro de 10 dias no Peru
Lembrando que mesmo nos hostels pegamos quartos e banheiro privativos, e todos tinham café da manhã.
3 noites em Arequipa. Hotel Sol de Arequipa

2 noites em Puno. Hotel Tierra Viva Puno Plaza

4 noites em Cusco. Kokopelli Hostel Cusco (aliás, Cusco é “O” lugar pra você ficar em hostel e em quarto compartilhado para fazer muitas amizades, se essa for a sua intenção. A cidade tem muito esse clima.

1 noite em Lima. Hotel Continental Lima

Outras dicas importantes para sua viagem ao Peru:
Na época que fui eu tinha certa insegurança em contratar serviços e comprar coisas pela Internet então cheguei ao Peru apenas com a passagem de volta para o Brasil comprada (detalhe que eu acabei perdendo esse vôo Kkkk). Sem pesquisas, reservas, nem absolutamente nada.
A única coisa que eu sabia é que queria ir pra Machu Picchu e mesmo assim, nem sabia como eu faria isso.
Pra você ter uma idéia, nem o ingresso de Machu Picchu eu tinha. A sorte é que encontramos disponíveis para comprar, mas mesmo assim, não foi da forma que eu queria.
Eu não tinha a menor idéia que deveria comprar nem o ingresso de Machu Picchu e nem o do trem com antecedência.
Aí cheguei em Cusco, fui até a agência de turismo localizada próxima à Plaza de Armas e disse:
–Moço, por favor, gostaria de dois ingressos pra Machu Picchu pra subir a Montanha de Huayna Picchu para amanhã! Aí ele disse que estava esgotado, que é um passeio que tem que reservar com antecedência e sai muito cedo, que tem que dormir em águas calientes, e que só dava pra fazer o outro pra visitar as Ruínas. Eu fiquei um pouco desapontada, mas tudo bem. Quem sabe na próxima?

Note também que o único site oficial de venda dos ingressos para Machu Picchu é o do governo peruano.
1- Então veja direitinho quais passeios você quer fazer:
Se quer ir apenas às Ruínas, se quer subir a Montanha Huayna Picchu, ou se deseja fazer a trilha Inca que varia de 2 a 4 dias.
Lembrando que se eu comprasse tudo individualmente (o ingresso, o trem e o ônibus) ficaria mais barato, mas, naquele momento achei mais fácil e confortável contratar uma agência pra fazer tudo isso pra mim.

Os ingressos para Machu Picchu têm hora marcada para entrar, e o parque tem um limite diário de entrada de pessoas, então compre tudo com antecedência pois existe o risco real de não ter ingresso pra você entrar.

Dica quente: Assista ao nascer do sol em Machu Picchu. Chegue às 6h, horário em que o sítio arqueológico abre. Se você não quiser acordar cedo fique para assistir ao pôr do sol, às 17h30. A experiência deve ser inesquecível. Vai estar beeem mais vazio.
Muita gente leva o passaporte para ganhar um carimbo do local. Lembrando que passaporte não é obrigatório para entrar no Peru. Essa dica do carimbo em Machu Picchu é só uma gracinha, para esse lugar fantástico ficar mais marcado na sua memória.

2- Reserve seus hotéis e transfers com antecedência.
Nessa viagem, assim que eu chegava nos aeroportos das cidades íamos direto para o Balcão de Informações Turísticas e “hablávamos” assim: “Holla que tal? Nos gustaría un hotel con habitación y baño privados, desayuno incluido y agua caliente en la ducha por hasta $ 30 la noche”.
A pessoa mostrava algumas opções, eu perguntava qual ele recomendava e íamos pra lá. Teve uma vez que eu achei super engraçado. Eu pedi sugestões de hospedagem e a pessoa indicou algumas opções e completou: as opções são essas, mas se você escolher essa aqui tem o transfer pra lá incluído. Adoramos! Foi aquela mesmo.
Mas demos sorte. Conheço muita gente que já pagou muito caro em deslocamentos do aeroporto para o hotel porque não tinha pesquisado anteriormente.

Reserve antes o hotel e confirme direitinho se a sua hospedagem tem transfer incluído. Muitos têm e podem sair mais barato do que pegar um táxi no aeroporto. Reserve pelo booking.com.
3- Cuidado com o Soroche na região de Cusco
Os 3.400 metros de altitude de Cusco não devem ser desprezados. Ou seja, quanto maior a altitude, menos oxigênio tem – e pior nos sentimos. Nossa respiração e batimentos cardíacos ficam mais rápidos enquanto o nosso corpo tenta se habituar às novas condições de clima. Os principais sintomas são desconforto, palpitação, falta de ar, tontura, enjôo e dor de cabeça.
A dica é: respeite seu corpo e descanse no seu primeiro dia em Cusco, para se aclimatar.
Coma coisas leves, beba bastante água, evite álcool, caminhadas muito extensas ou subidas e escadarias.

Na Bolívia fui obrigada a recorrer ao “Soroche Pils” (basicamente uma mistura de aspirina com neosaldina) além de folhas de coca (mastigá-las ajuda bastante contra os efeitos da altitude).
Se quiser levar algum medicamento, por favor, consulte seu médico antes para não ter nenhuma reação indesejada, além de ter um bom seguro viagem. É bastante comum os médicos serem acionados por causa disto. Por isso reforço a importância do Seguro viagem, e recomendo que você faça uma cotação no nosso site parceiro onde você vai encontrar quase todos os seguros disponíveis no mercado. Contrate aqui com o melhor preço e com ótimo desconto.
Mais importante do que qualquer chá e folha de coca, o repouso no dia de chegada é primordial.
4- Fique os dias adequados nos locais
Achei que fiquei muito pouco tempo em Lima, queria ter ficado mais dias em Cusco e queria ter visitado o lado boliviano do lago Titicaca. Então pesquise bem os passeios que você quer fazer para não ir embora deixando de ver tanta coisa importante.
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Fiquei encantada já me sentindo no Peru. Amo sua descrição histórica, as paisagens, fotos lindas. Parabéns.