O que fazer na Guatemala: entre vulcões, ruínas Maias, arquitetura colonial e o lindo Lago Atitlán
A nossa estadia na Guatemala foi muito agradável, com grande superação de expectativas, pena que infelizmente o país ainda não seja muito visitado pelos brasileiros.
Com certeza é falta de propaganda, pois, como eu expliquei aqui é muito fácil chegar (vôos com apenas 1 conexão), e é incrível como os lugares são bonitos e culturalmente ricos.

Então na Guatemala estávamos iguais aos vulcões daqui: cheios de atividades! Rsrs
Antígua, Guatemala
Viemos para a primeira capital do império espanhol na América Central. Praticamente a Ouro Preto Guatemalteca.
Antígua, é conhecida como a cidade que abriga um dos maiores e mais coloridos festivais religiosos do mundo. A Semana Santa, é comemorada com elaborados tapetes de rua e muitas procissões, com centenas de devotos.
Mas existem muitas outras razões para viajar para cá em qualquer época do ano, incluindo boa comida, bons hotéis de todos os preços, arquitetura colonial, vulcões ativos e passeios de um dia.

É patrimônio da UNESCO, foi fundada em 1543, e ganhou o charme do Barroco espanhol durante três séculos de domínio. Já foi destruída por terremotos cerca de 15 vezes, e após um deles o rei da Espanha mandou evacuar a cidade, transferindo a capital. Mas a cidade foi restaurada, e conserva mais de 500 anos de história, sendo considerada a mais bem preservada cidade colonial espanhola na América Central.

Andamos pelas suas belas ruas de paralelepípedos, e observamos os moradores locais, que são descendentes e se comunicam em dialetos indígenas.

Igrejas de Antígua

Há pelo menos uma dúzia de igrejas e Conventos em Antígua e muitas delas estão em ruínas, em razão da forte atividade sísmica da região.

Todas são únicas e especiais, então descubra cada uma delas.




Mirante Cerro de la Cruz
A vista daqui é muito bonita, se avistando uma boa parte do desenho planejado da cidade de 81 ruas (9×9). Destaque para a visão completa do Vulcão Água que parte do dia permanece com o cume encoberto pelas nuvens. Com certeza essa vista nos remete ao passado e nos faz refletir sobre a passagem do tempo.

Antígua, Guatemala e ao fundo o Vulcão Agua, visto do mirador Cerro de la Cruz. Subimos o morro de tuk tuk e descemos a pé.
Artesanato e gastronomia em Antígua
A cidade possui vários locais de galerias de arte e cultura, lindos jardins e restaurantes sofisticados.
Aproveite suas agradáveis ruas, os centros de artesanato e a excelente gastronomia.





Subida ao Vulcão Pacaya

Antígua é cercada por três vulcões: Fogo, Agua e Pacaya. Esse último, que tinha erupções regulares desde 1965, a partir de 2010 diminuiu bastante as atividades.

Fernando reservou uma caminhada de meio período ao Pacaya, que muitas agências de turismo locais vendem, e a caminhada é íngreme e longa. Mas durante o percurso tinha alguns animais para carregar os cansados, mediante contribuição para o dono do animal.


Lá em cima estava bem nublado e não foi possível nem ver lava, nem fumaça do vulcão Pacaya. No entanto, conseguiram assar marshmallows só com o calor do solo. Impressionante!


Lago Atitlán
Depois rumamos para a região do Lago Atitlán.
A cor do lago é de um azul profundo e seus 3 vulcões ao fundo, rodeado de bucólicos vilarejos Maias possuem uma cultura viva.

É considerado um dos lagos mais bonitos do mundo, que se formou após uma erupção vulcânica.
O viajante e cronista do século XIX John L. Stephens, escrevendo “Incidentes de viagens na América Central”, chamou o Lago de Atitlán de “o espetáculo mais magnífico que já vimos” e olha que ele conhecia bastante lugares! Hoje, mesmo os viajantes mais experientes se maravilham com esse local incrível. Por ali existem pescadores artesanais, colinas férteis e, acima de tudo, os vulcões, permeando toda a área com uma beleza misteriosa.

Nunca parece ser o mesmo duas vezes. Não é de admirar que muitos estrangeiros se apaixonaram pelo lugar e fazem suas casas aqui. A principal cidade do lago é Panajachel e a maioria das pessoas começam por lá a visita em Atitlán.

Aldous Huxley
E por aqui pode-se caminhar até o cume do vulcão San Pedro e visitar as aldeias ao redor, tendo cada uma, características distintas: Santiago Atitlán tem uma forte identidade indígena, San Pedro La Laguna tem a reputação de ser um paraíso para mochileiros e San Marcos La Laguna é um refúgio para os recém-chegados. Santa Cruz La Laguna e Jaibalito, mais perto de Panajachel, estão entre os locais mais idílicos e pitorescos do lago.

O povoado de Santa Cruz La Laguna se encaixa perfeitamente na natureza do entorno, incluindo um resort à beira-mar e ao mesmo tempo uma vila indígena Kaqchiquel. A vila fica a cerca de 600m do Porto, sendo morro acima (existem tuk-tuks para te levar até lá caso você não queira ir andando). É um local encantador, com acomodações relaxantes, atividades na água e uma completa tranquilidade.


Aqui eu queria ter dormido pelo menos duas noites para conhecer as outras vilas, então já fica a dica. O lugar é gostoso demais para passar só uma tarde, como foi o nosso caso. Pena que não tínhamos tempo.
Já o outro povoado de San Pedro La Laguna possui ares alternativos e todo mochileiro da América Central se encontra por aqui em algum momento. Alguns param por alguns dias, esperando aproveitar as festas, enquanto outros ficam por semanas – até meses – atraídos pelo deslumbrante lago Atitlan, cercado por vulcões, e sua atmosfera descontraída.

Aninhada entre as encostas verdejantes do vulcão San Pedro e o lago encantador, a cidade abriga uma população de 13.000 pessoas, principalmente de descendência Maia de Tzutujil. Ao lado deles, há uma mistura eclética de expatriados, hippies e mochileiros internacionais.


Todas essas vilas ao redor do lago são alcançadas de barcos. Escolha o seu vilarejo preferido e curta algum tempo por aqui.
Ruínas de Tikal
Depois seguimos para as ruínas de Tikal, no norte do país.
Tínhamos algumas informações sobre os povos Mayas e suas cidades-estado, e aí descobrimos que essa foi provavelmente a maior cidade, e uma das mais poderosas. Inclusive ainda tem uma boa parte embrenhada na mata selvagem, sem ter sido escavada ainda. Muitas surpresas ainda virão!

E aqui viemos de madrugada, ainda tudo escuro aguardar o nascer do sol em cima de uma pirâmide Maia!
Seguimos pela trilha em plena escuridão. A experiência é algo muito difícil de descrever. Não havia mais nenhuma pessoa ali, ou seja, Tikal era só nossa! Logo atrás do guia, seguíamos em silêncio. Silêncio esse que às vezes era interrompido por alguma explicação sobre Tikal ou pelos incríveis sons da selva!
Os barulhos da floresta despertando era um verdadeiro espetáculo. Os bichinhos acordavam e começavam a cantar por todos os lados. Macacos, pássaros, insetos e répteis soltavam suas vozes animados e agradecidos pelo novo dia que chegava, trazendo com ele os raios de sol.
Quando visitei outra ruína Maia, em Belize, gravei o poderoso som do macaco Bugio na floresta. Escutamos novamente aqui em Tikal enquanto o dia clareava!


Foi uma mistura dos filme do Indiana Jones, Jurassic Park e algum outro filme literalmente “Na natureza selvagem” .
Eu me senti descobrindo pela primeira vez uma cidade abandonada no tempo.

Havia muitas nuvens no céu, e isso atrapalhou um pouco o nascer do sol. Mas só de não ter chovido esse dia já valeu totalmente (no dia anterior tinha chovido bastante). Além disso o guia falou que a temperatura sobe muito, ficando muito abafado em um bonito dia de sol. E isso poderia ser um grande problema para mim, já que eu estava grávida.

Então depois descemos da pirâmide e seguimos para a praça central, e o guia, que também era descendente de Maias, nos explicou tudo sobre os rituais de seu povo. Eu não fazia ideia que Tikal até hoje recebe herdeiros dos maias que usam o local para prestar culto aos seus deuses e antepassados. Foi definitivamente uma aula de história inigualável.

O sítio foi declarado Patrimônio Natural e Cultural da Humanidade pela UNESCO. São pirâmides, templos e praças todas no meio da floresta para abrigar um dos maiores centros populacionais e culturais dessa civilização. Os Maias, diferentes dos astecas e incas não possuíam uma capital e sim cidades independentes que poderiam ser aliadas ou rivais.

Descemos da pirâmide e o guia nos levou em vários edifícios, nos falou sobre o que significavam, nos mostrou algumas que ainda não foram restauradas (Templo III) e detalhou sobre os principais pontos da antiga cidade de Tikal.




Flores, Guatemala
Flores é uma cidade da Guatemala capital do departamento de El Petén.
A parte antiga da cidade de Flores está localizada numa ilha do lago Petén Itzá, conectada por uma pequena estrada que liga ao continente.

A cidade é o principal destino de hospedagens para os turistas que visitam Tikal e foi por isso que viemos.


Achamos a ilha bem alternativa que é uma mistura de pequena cidade praiana (por ser às margens de outro enorme lago) e cidade do interior!

Na época pré-colombiana, Flores foi a cidade maia de Tayasal.
Eu adoro a América latina: muita cultura, belas praias, artesanatos, povo hospitaleiro e preços baixos. E você? Já teve a oportunidade de conhecer a “Centroamérica”?
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Maravilha amiga, viajo no seu site.