Visitando castelos na Europa Central: Alemanha, Áustria, Eslovênia, Eslováquia, Hungria e República Tcheca
Depois da última viagem nesses moldes, fiquei super empolgada com esses grandes roteiros, e a diferença é que dessa vez realizamos tudo por conta própria. Compramos a passagem do Brasil para Munique, reservamos todos os hotéis e apartamento pelo Booking.com, alugamos um carro, que entregamos em Berlim, e aí voltamos para o Brasil.

A idéia nesse texto novamente não é dar muitas dicas de hotéis e restaurantes, porque, são muitos, e o texto ficaria extenso demais, e sim mostrar os lugares maravilhosos que passamos, para inspirar a sua viagem. Além disso, alguns desses países aqui são menos turísticos em relação aos daquela outra viagem, sendo menos conhecidos por nós brasileiros. Mas posso te assegurar que são muito seguros, bonitos e mais baratos que os outros. Em cerca de 20 dias, foram 6 países, quase 20 cidades e cerca de 2550 km! Foi muito chão!

Fomos no final de maio, final da primavera, quase início do verão, e naquele ano, 2013, choveu muito na região do Rio Danúbio, transbordando rios, lagos e pasmem, alagou até a Autobahn na Alemanha.

MUNIQUE
Chegamos em Munique, capital da Baviera, da cerveja e da BMW, sob muita chuva!

Primeira coisa que fizemos foi almoçar bebendo uma das melhores cervejas da cidade;

Fomos dar uma volta no parque Englischer Garten, e eis que fomos surpreendidos por pessoas surfando no parque. O parque é super central, e o dia estava muito chuvoso e nada do pessoal desistir de surfar. A minha dúvida é se as praias da Alemanha são tão boas para surfe como o Rio Eisbach.

O parque é muito gostoso, e foi impossível não pensar nele num dia de sol. Existe uma enorme área reservada pra piquenique ou melhor, lá tem vários “Biergartens”.

A Marienplatz, em português, Praça de Maria fica no coração de Munique, foi fundada em 1158, e bem no centro está a Coluna de Maria erguida em 1638, que dá o nome à praça.

Além disso aqui está a Neues Rathaus a nova câmara municipal, em estilo neogótico, com um relógio e um carrilhão famosos.

E como a chuva não deu nem 1 segundo de trégua enquanto estivemos aqui optamos por visitar museus e palácios.


Bem no centrinho de Munique, visitamos também a Residenz Palace, o maior palácio da cidade e antiga residência de inverno dos governantes da Baviera ao longo de 400 anos. O museu é incrível e como me surpreendeu! Recomendo fortemente.

Esse enorme complexo arquitetônico tem 130 quartos e 10 pátios, combinando estilos renascentista, barroco, rococó e neoclássico em suas instalações luxuosamente decoradas e bem preservadas.

Pausa para a cerveja!

CASTELO DE NEUSCHWANSTEIN
Ainda na Baviera, saímos pra passear de carro para visitar um dos mais belos e românticos castelos da Europa: o Castelo de Neuschwanstein.

Foi construído por Ludwig II da Baviera no século XIX, inspirado na obra de seu amigo, o grande compositor Richard Wagner. A arquitetura do castelo possui um estilo fantástico, o qual serviu de inspiração ao “Castelo da Cinderela”, símbolo dos estúdios Disney. É um dos edifícios mais fotografados, e um dos mais populares destinos turísticos europeus, além de também ser considerado o “cartão postal” da Alemanha.

Não entramos no Castelo, só o admiramos de um mirante, e como diz o ditado, “o importante é o caminho, e não a chegada!”, a estrada era muito bonita, apesar de muita chuva, ficando bem perigosa em alguns momentos.




INNSBRUCK – ÁUSTRIA
Íamos para Salzburgo mas não foi possível, porque a Autobahn alagou, então mudamos a rota e rumamos para Innsbruck, apesar de já ter conhecido na viagem anterior. Mas isso acontece, pode acontecer em qualquer viagem (e olha que esse período nem é considerado baixa temporada, e não é inverno).
Innsbruck é a capital do Tirol austríaco, e passeamos por aqui em seu belíssimo centro histórico, no qual se destacam o Telhado Dourado, a Praça Velha e a Rua Marietheresien.



Entre a Áustria e a Eslovênia, tivemos que entrar na Itália rapidinho e quase a gente nem percebeu, pois não foi preciso fazer controle de passaporte, além de ver belíssimas paisagens, com direito a castelo medieval na beirada da estrada. Duas das (mil) coisas que eu gosto ao viajar pela Europa, belíssimas paisagens e fronteiras sem burocracia.




BLED, ESLOVÊNIA
Depois de sair da Áustria, entrar e sair da Itália, chegamos à pequena Bled, na Eslovênia! A cidade é simplesmente um sonho! Detalhe que Eslovenia é o único país no mundo que tem a palavra LOVE inserida em seu nome e realmente esse país é apaixonante.

Era uma vez, uma cidadezinha eslovena aos pés dos Alpes Julianos, com vistas para os picos Stol e Triglav a sua volta. Nesse lugar tem um lindo lago de água límpida e cristalina. E no meio desse lago tem uma ilha, onde uma igrejinha fofa foi construída. E para completar essa beleza toda, existe um lindo castelo medieval construído bem na beirada do penhasco, dando um ar dramático, coisa que todo conto de fadas possui.

E por aqui andamos de barco pra visitar a ilha e a Igreja e subimos trilhas para acessar o Castelo e para ver a cidade do melhor ângulo.



O Castelo de Bled é do século XI, e lá em cima alberga um museu, uma capela e um café.





CAVERNAS DE POSTOJNA, ESLOVÊNIA
Sem superar a beleza de Bled, continuamos viagem para as famosas grutas de Postojna – as maiores da Europa, onde as estalactites e as estalagmites se fundem para formar colunas de diversas cores e feitios.

Tinha muito tempo que não entrava numa caverna tão bonita, a última foi a mina de ouro em Passagem de Mariana (MG – Brasil), parece de filme! A visita é feita, parte num trenzinho, e também a pé, ao longo de algumas galerias. Ah, a dica aqui é levar casaco, porque a temperatura em seu interior varia entre 8 e 10ºC.

LIUBLIANA
Fomos em direção a linda capital da Eslovênia, Ljubljana, que no esloveno antigo significa a cidade amada.
A cidade surgiu de um assentamento romano construído no ano 15 d.C., mas documentos que mencionam o nome da cidade datam de 1144. A sua história é de origem celta, e segundo uma lenda, Liubliana no ano de 1144, era dominada por um terrível dragão que costumava atirar fogo para aterrorizar seus habitantes a partir de uma das torres do castelo. Depois de muito tempo de solidão e destruição, o dragão apaixonou-se por uma doce fêmea e deles teria nascido o primeiro dragão artista do mundo.

Então por aqui passeamos muito! Que lugar agradável! Seu centro histórico é lindo! Destaque para as Praças Preseren, o Congresso, as pontes da cidade, a Catedral, e o Castelo.

Então já guarda essa dica: Qual país você pode visitar pra fugir do convencional? Eslovênia, sem medo de errar. Paisagens incríveis, os preços menos turísticos, boa gastronomia e povo gente boa.


PTUJ – ESLOVENIA
Saímos de Liubliana com destino a Hungria, mas antes passamos na cidade eslovena de Ptuj.

A cidade é linda, colorida, e aqui adivinha aonde fomos?



Queria muito ter visitado uma outra cidade próxima, chamada Maribor, mas dessa vez não foi possível.
BUDAPESTE, HUNGRIA
Aqui chegamos na maravilhosa Budapeste, denominada “a pérola do Danúbio”.
À noite, faríamos um cruzeiro com jantar a bordo, mas os cruzeiros estavam suspensos por causa das chuvas. O rio Danúbio estava transbordando!


Budapeste foi também a antiga capital do Império Austro- Húngaro, e aqui percorremos vários pontos turísticos: Praça dos Heróis, Parlamento (entramos e fizemos a visita guiada), Ponte das Correntes, Palácio Real, colina do Castelo, Bastião dos Pescadores, Igreja do Rei Matias.


E aqui no blog tem mais dicas sobre a nossa estadia em Budapeste.
BRATISLAVA – ESLOVÁQUIA
Saímos da Hungria, em direção a Bratislava, na Eslováquia.

Dormimos uma noite lá e deu pra curtir um pouquinho a cidade. Super agradável! Era um domingo, e o dia estava lindo.
A cidade (o país) situa-se ao longo do rio Danúbio, na fronteira com a Áustria e a Hungria, então é uma excelente idéia você parar aqui se estiver indo ou vindo desses países. É rodeada pelas montanhas dos Cárpatos, e a cidade velha do século XVII, é exclusiva para pedestres, e é muito conhecida pelos animados bares e cafés.

Situado em cima de uma colina, o Castelo de Bratislava, contempla a cidade velha e o Danúbio.


VIENA, ÁUSTRIA
Finalmente chegamos em Viena, e visitamos o Palácio de Schönbrunn. Construído como residência para a imperatriz Leonor Gonzaga entre 1638 e 1643, mas em 1743 foi reformado e ampliado, e transformado como residência de verão da família imperial.


Viena é chamada como a “capital mais musical da Europa”, e a cidade de Strauss. À noite assistimos a um concerto de valsas num dos palácios mais bonitos da cidade.

Depois fomos jantar um tradicional Wiener Schnitzel: escalope de carne empanada, acompanhado de salada de batatas, e uma deliciosa Torta Sacher: uma sobremesa típica de Viena feita com chocolate e recheio de geleia de damasco!

Que cidade maravilhosa, um verdadeiro museu a céu aberto, com um impressionante conjunto de monumentos, tais como: a Ópera, o Parlamento, a Prefeitura e a Igreja Votiva. Vimos também o Palácio Belvedere, com seus belíssimos jardins. Tudo isso andando de metrô e passeando a pé. Começamos pela Praça Albertina, passando pelo complexo do Hofburg – palácio de Inverno da família real austríaca – e terminando junto aos edifícios dos museus de Arte e de Ciências Naturais, e por fim, os famosos edifícios de Hundertwasser.

NAVEGANDO PELO DANÚBIO: PAISAGEM CULTURAL DE WACHAU, ÁUSTRIA
Esse passeio foi o mais “alternativo” da viagem. Até hoje não conheço ninguém que fez.
Wachau é uma região austríaca, composta de uma paisagem montanhosa atravessada pelo vale do rio Danúbio. Possui aproximadamente 30 km de comprimento, ficando compreendida entre as cidades de Melk e Krems no estado da Baixa Áustria, situado a aproximadamente 80 km de Viena. É um dos principais destinos turísticos da Áustria, e toda a região é reconhecida como Patrimônio Mundial pela UNESCO. Wachau é reconhecida também pelo cultivo de uvas e damascos, ambos usados para a fabricação de vinhos e licores.

Então começamos o passeio visitando a Abadia de Melk, inaugurada em 1089, é um centro espiritual e cultural de grande importância da Áustria, localizado na cidade de Melk, junto ao rio Danúbio.

Depois pegamos um barco e navegamos lindamente pelo Danúbio.


E do cruzeiro vimos as ruínas do Castelo medieval de Dürnstein, na Áustria. Este é o lugar onde o rei inglês Ricardo Coração de Leão, Rei da Inglaterra de 1189 a 1199, foi feito prisioneiro pelo Duque Leopoldo V da Áustria, durante seu retorno da Terceira Cruzada. Fato histórico que inclusive inspirou a lenda de Robin Hood.

Eu não preciso nem dizer o quanto eu me emocionei nessa parte da viagem.



ČESKÝ KRUMLOV, TCHÉQUIA
Saímos da Áustria encantados com essa paisagem, e entramos em Tchéquia. Por que continuamos ignorando que a República Tcheca mudou de nome? Em 2016 foi protocolado um pedido de mudança do nome da República Tcheca na ONU. A proposta foi aceita e, desde então , todas as páginas com assuntos relacionados a geografia aceitas pelas Nações Unidas já chamam o país de “Tchéquia”.
Nossa primeira parada foi na pitoresca Český Krumlov.

Český Krumlov é uma cidade no sul do país, registrada na lista da UNESCO como Patrimônio da Humanidade. Se encontra na Boêmia do Sul (região) e é a capital antiga da região de Rosenberg, a nobreza mais rica e influente do país. A construção da cidade e seu Castelo começou no Século XIII.
A cidade apresenta casas com arquitetura medieval gótica, renascentista, e barroca, entre as quais se destaca o teatro barroco do castelo, integramente conservado até nossos dias sem nenhum tipo de reconstrução.

De acordo com a lenda, o nome Krumlov é derivado da palavra alemã Krumme, que pode ser traduzida como “curvado sobre um prado”, o que faz referência à topografia da cidade, curvada sobre o Rio Moldava. O adjetivo ‘Český’ significa boêmio ou simplesmente tcheco.

Mais informações sobre Český Krumlov clique aqui
PRAGA, TCHÉQUIA
Depois chegamos em Praga, conhecida como a cidade das “Cem Torres”.

Acordamos bem cedo para desbravar a cidade, que estava lotada! Visitamos o Castelo, o Palácio Real, a Catedral de São Vito, Basílica São Jorge, a Rua do Ouro, o Palácio Real e os jardins do Palácio de Wallenstein.


À tarde, continuamos nossa visita que inclui a Igreja do Menino Jesus de Praga (entramos), a célebre Ponte de Carlos IV e a Praça Velha, onde se encontra o célebre Relógio Astronômico.

A cidade é um verdadeiro espetáculo arquitetônico, com cerveja barata.



Uma coisa que me chamou muito a atenção nessa cidade foi essa rua linda, toda decorada. A rua Nerudova ganhou esse nome em alusão a Jan Neruda, escritor tcheco que viveu ali no final do século XIX e que escrevia sobre a vida burguesa desse bairro (Malá Strana). Esse sobrenome é bem famoso pra gente, pois foi daí que Pablo Neruda se inspirou a adotar o pseudônimo, e com ele se tornou um dos maiores poetas do século XX.

DRESDEN, ALEMANHA
Saímos de Tchéquia de manhã e entramos na Alemanha, e chegamos em Dresden, cidade apelidada de “Florença do Elba”, capital do Estado da Saxônia.

Admiramos os jardins do magnífico Palácio Zwinger, edifício palaciano que agrega vários museus; a Ópera, onde se estrearam óperas famosas como “Tannhäuser” ou o “Holandês Voador” de Wagner, e a Catedral.

A cidade foi alvo de um controverso bombardeio durante a Segunda Guerra Mundial em 1945, onde cerca de 25 000 pessoas morreram e vários prédios históricos destruídos. Ela foi completamente reerguida, exatamente como era antes.

Quem não conhece a história da cidade fica difícil acreditar que Dresden tenha sido completamente arrasada.
BERLIM, ALEMANHA
E finalmente chegamos ao nosso último destino da viagem. Ficamos hospedados no coração da cidade, na Alexander Platz, e digo que amei conhecer Berlim. Cidade animada, jovem, os dias por aqui estavam lindos, custava a escurecer e aproveitamos bastante.

Fizemos um walk tour para melhor conhecer detalhes sobre a cidade e o país. E as informações foram fundamentais para entender esse destino tão apaixonante. Com certeza Berlim faz você querer se mudar pra cá.

Essa cidade existe desde o século XIII. Algumas recordações do passado turbulento, como as guerras mundiais e um dos maiores genocídios da história mundial, estão aqui no Memorial do Holocausto e nas ruínas do Muro de Berlim, repletas de grafites. Usado como divisão de fronteiras durante a Guerra Fria.



A cidade também é conhecida por seu cenário artístico e seus monumentos modernos, como a Filarmônica de Berlim, dourada e de telhado triangular, construída em 1963.
Impossível não lembrar do passado da Alemanha, e não citar o presente, como um dos melhores países para se viver atualmente no mundo.
A Alemanha se reinventou através de dois importantes ingredientes: muita tolerância à diversidade e, na parte financeira alcançou uma considerável justiça social. Muitos economistas dizem que o nome do modelo que ela adota chama-se de “economia social de mercado”, que teve sua origem na Alemanha Ocidental no pós-guerra.
Visitamos a Ilha dos Museus, catedrais, a avenida Unter den Linden, a Universidade Humboldt, o Teatro da Ópera, as Portas de Brandemburgo (arco triunfal erguido no séc. XVIII), o Reichstag (atual parlamento alemão recentemente restaurado), e a Kurfürstendamm, centro de comércio e de entretenimento da cidade e as Galerias Lafayette.


Quero muito visitar Berlim com mais calma, pois a cidade é muito agradável. Um museu que infelizmente eu não consegui visitar foi o Museu dos Ramones que tem por aqui. Se você, como eu, é fã dessa banda indico o post do Roberto, do Blog De Lugar Nenhum que visitou esse museu e contou detalhes.
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