“Há músicas que contêm memórias de momentos vividos. Trazem-nos de volta um passado. Lembramo-nos de lugares, objetos, rostos, gestos, sentimentos. Mas há músicas que nos fazem retornar a um passado que nunca aconteceu” com esta passagem do livro “Na Morada das Palavras” composto pelo escritor, educador e psicanalista Rubem Alves; este artigo se inicia para lhe contar um pouco mais sobre a musicoterapia, o que ela é, para que serve e como usufruir de seus benefícios.
O que você vai encontrar nesse artigo
O que é musicoterapia
A musicoterapia faz parte da medicina alternativa, assim como a aromaterapia com o uso de óleos essenciais, a cromoterapia com a utilização de cores e luzes a musicoterapia como o próprio nome sugere visa uma aproximação mais humana e sensível se utilizando da música para entrar em contato com um paciente.
Este método trabalha com os resultados que ondas sonoras originam no corpo e mente de uma pessoa. Diferentes estilos musicais e resultam em variados estímulos a um indivíduo, estímulos que irão depender de todo um contexto social, histórico, vivencias e o próprio gosto musical do paciente.
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Definição de musicoterapia
Para a Federação Mundial de Musicoterapia a musicoterapia é o uso de: ritmo, som, harmonia e melodia para promover a comunicação a fim de alcançar necessidades emocionais, físicas, sociais, mentais e cognitivas de um paciente. A musicoterapia possui como objetivo desenvolver e potencializar a capacidade de integração intrapessoal/interpessoal de um individuo para que o mesmo possua uma melhor qualidade de vida.
Para que serve a musicoterapia
É comprovado cientificamente que a música por si só é capaz de nos influenciar fisicamente, mentalmente e até mesmo na saúde de cada um de nós, diferentes regiões de nosso cérebro respondem aos diferentes sons e ritmos que ouvimos. Tendo isso em vista no ano de 1972 surgiu no Brasil o primeiro curso de musicoterapia, a música é uma ferramenta preventiva no combate desde dores crônicas até o estresse diário.
O musicoterapeuta irá utilizar dos elementos musicais para lhe ajudar em questões como: reabilitação física, reabilitação social e reabilitação mental; o terapeutatrata pessoas que possam ter distúrbios de fala, motores, psiquiátricos e entre outros.
Musicoterapia como fazer
É importante ressaltar que a musicoterapia assim como qualquer medicina alternativa deve ser realizada com acompanhamento profissional, neste caso um musicoterapeuta. Não se é possível dizer com exatidão como uma sessão de musicoterapia se é feita uma vez em que existem diferentes abordagens para o tratamento e elas são selecionadas de acordo com cada pessoa do qual o profissional estará trabalhando.
Durante uma sessão de musicoterapia o paciente pode ser passivo, onde ele irá somente ouvir todo o processo do musicoterapeuta ou ativo no qual ele estará participando da produção de música juntamente com o profissional. As sessões também podem ser realizadas em conjunto onde um grupo de pessoas tocam diferentes instrumentos, todos participando de algum modo da produção da música.
Onde surgiu a Musicoterapia?
A musicoterapia é considerado um tratamento alternativo e surgiu apenas na década de 40. Confesso que achava que a musicoterapia tinha surgido na China ou Japão.
Interessante destacar que foram encontradas fortes evidências em papiros de médicos do Egito datados de cerca de 1500 a.C.. Esses papiros foram encontrados por um antropólogo no século XIX, e estavam mencionando os grandes efeitos benéficos que a música provoca na fertilização do corpo feminino. Incrível né?
Exemplo de pacientes passivos durante uma sessão de musicoterapia.
Estas sessões ajudam o paciente a expressarem seus sentimentos com mais facilidade e naturalidade, desenvolvendo suas habilidades comunicativas e de autoexpressão.
Benefícios da musicoterapia
Confira alguns dos benefícios terapêuticos da música com maior prova de evidências científicas:
Estresse –
De acordo com especialistas, escutar músicas com tons leves, calmos e alegres possuem a capacidade de aliviar dor nas costas, e também a tensão, além de fazer com que o nervosismo/estresse diminua consideravelmente.
Amnésia –
Interações com a música possuem capacidade de amenizar os sintomas da amnésia; independentemente se o paciente é ativo (tocando instrumentos) ou passivo (apenas ouvindo)
Autismo –
Crianças com autismo se beneficiam muito da musicoterapia, uma vez em que os mais diversos instrumentos irão servir como suporte para que aconteça uma comunicação e autoexpressão por parte dos menores, aumentando consideravelmente sua qualidade de vida.
Demência –
Ao entrar em contato com a música o paciente desperta e ativa suas sinapses que por conta da doença não eram estimuladas; uma vez em que a sinapse se “desperta” o paciente também se torna mais ativo.
Mente e corpo –
A musicoterapia lhe auxilia no desenvolvimento cognitivo, criatividade, sensibilidade, memorização, entre outros; a música é capaz de agir trazendo conforto ao corpo e diminuindo dores.
A música no dia a dia
A musicoterapia como já dito anteriormente, é exclusivamente tratada por um profissional qualificado; entretanto isso não significa que a música não possa estar presente de forma positiva no seu dia a dia. A música pode estar presente desde a gestação numa ligação entre mãe e filho, para trabalhar traumas e medos e melhorar a qualidade de vida como um todo.
Ouvir música como lazer também lhe da resultados durante o dia, experimente criar playlists para as diferentes tarefas de seu dia, escute músicas para o trabalho, para realizar atividades e exercícios físicos, para momentos de relaxamento em casa, entre outros.
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Conclusão: Vale a pena fazer Musicoterapia?
Com certeza sim. Principalmente as crianças que amam e os benefícios são visíveis.
Veja um vídeo onde visitamos um parque super legal que tem a Musicoterapia como base: